31.12.05

Saúde em 2006 !

Para o desespero das aves de mau agouro...

Na banca de jornal mais perto da sua casa: O ano termina com um ambiente favorável para o Brasil entre os investidores e analistas estrangeiros consultados pela Agência Estado. A expectativa para o início de 2006 é que a continuidade da expressiva melhora dos fundamentos econômicos do País, aliada à manutenção de um cenário externo favorável para os emergentes, continue beneficiando os ativos brasileiros.

30.12.05

E longe do congresso nacional...

Em 2005 o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) atinge a menor taxa anual de sua série histórica, iniciada em 1989, e sobe apenas 1,21% no ano, resultado dez vezes inferior ao registrado em 2004 (12,41%). A taxa acumulada do indicador é usada para reajustar preços administrados de peso, como aluguel, energia elétrica e mensalidade de TV a cabo.

Boa notícia

Na banca de jornal mais perto da sua casa: Os sindicatos conseguiram boas negociações salariais em 2005. Boa parte das entidades negociou acordos salariais que garantiram aos trabalhadores aumento igual ou superior à inflação. A economia em recuperação favoreceu as negociações, que ficaram mais fáceis. 66% dos reajustes conquistados pelos trabalhadores superaram a inflação acumulada em 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor . Via Dieese.

Subsídios para o debate eleitoral 2006

"precisamos ser irradiadores de insatisfações para que o governo possa aprimorar suas políticas, mas também irradiadores das coisas boas ... muitas vezes trabalhamos com uma quantidade de desinformação de tal ordem que esquecemos das conquistas que já tivemos"...via Amigos do Presidente Lula

Onde está a refinaria de Pernambuco ?

A Constituição Federal inicia o seu artigo primeiro com “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito...”, escrito assim, sem maiores definições do que vem a ser federativo, porque os redatores da Constituição acharam isto bem óbvio. Mas o óbvio, quando aplicado à vida prática, não é assim tão óbvio. A organização federativa do imenso território brasileiro, conseguida sob repressão e vários crimes e assassinatos, é incapaz até hoje de ver federativo os acontecimentos distantes do Sudeste e do Sul do Brasil. A notícia da pedra primeira da refinaria de petróleo de Pernambuco comprova isso. Por Urariano Mota.

Os movimentos sociais e seus desafios em 2006

A capacidade de seguir mobilizando o povo nas suas lutas dependerá da proposição de alternativas – teóricas e práticas – superadoras do neoliberalismo. Se não podem substituir os partidos, os movimentos sociais têm de atuar estreitamente ligados a eles, para construir o pós-neoliberalismo./ ...A crise argentina de 2001 e as derrotas eleitorais dos principais implantadores dos planos de ajuste fiscal – Menem, o PRI, Fujimori, FHC – marcaram uma virada no consenso existente até então.../ ...2006 é ano eleitoral em muitos países da região. Um calendário que se iniciou já no final de 2005, com as eleições na Bolívia e no Chile, mas que se estende pelas da Costa Rica, em fevereiro de 2006, da Colômbia, em maio, do México, em julho, do Brasil, em outubro, e da Venezuela, em dezembro... e seguem as linhas de Emir Sader

29.12.05

2006 promete

Bem que eu tentei voltar em 2006, desconsegui...desembarquei antes. E foi só chegar, sentar praça, para ser rodeado por notícias surpreendentes. Boquiaberto li na mídia amiga sobre a delicada punga da "Nossa Caixa" de São Paulo. Um cara de pau esse governador paulista! Não é que Alkimin levou ao pé da letra o slogan da instituição financeira e meteu a mão no pote sem medo de ser feliz. Sem escalas, o governador pegou grana da "Nossa Caixa" para pagar a "Gente dele", o pessoal da publicidade. Punga! Sabe como é? Punga é o mesmo que bater carteira...roubar. Os jornalistas do andar de cima estão tocando, com luvas e cheio de dedos, no fato já consumado...não entendo porque a cumplicidade. Outra nota dura de engolir é a grana fácil (e o trabalho nenhum) que os senhores deputados e senadores já receberam por nossa conta. A grana é tanta que a maioria dos brasileiros ficaria satisfeita em ganhar a quantia na mega-sena. Mas qual nada.... Outra, para fechar o dia é a do valerioduto, que irrigou o PT e que na verdade iniciou irrigando, com mais de 91 milhões as contas do tucanato desde 1998. Esse é um outro assunto que se precisar de reza vai ter nos próceres do psdb seus maiores carolas..... "per Jesum Christum Filium tuum, Dominum nostrum, supplices". No caso, o ex-presidente dos tucanos Eduardo Azeredo saiu de fininho e com os pés sujos de lama continua impune. Os dirigentes do partido continuam vestindo daslú, com os sorrisos congelados mas os fundilhos melados de barro.
...2006 promete.

22.12.05

Até 2006! Que seja inesquecível.

O texto é de Xurxo Martínez Crespo e está em galego. Depois dele paro as teclas. Nada mais tenho a dizer a não ser que divulguem as linhas abaixo. Até 2006! Que seja um ano inesquecível para todos.

...Bolivianos e bolivianas de Bolivia...

Nin de Marte nin de Xúpiter. Tampouco os residentes nos Estados Unidos, que con dificultade falaban unha lingua imposta como a española. Bolivianos e bolivianas de Bolivia, de moito antes que Bolivia fora Bolivia elixiron a outro boliviano de Bolivia como o seu presidente.
Elixírono desa Bolivia “profunda” a forza de ser agochada, desa Bolivia, a verdade, que estaba nas esquinas, nas estradas camiñando dende as minas até a capital para manifestarse. Da Bolivia das “polleras” e os “bombines” que ninguén quería ver, a forza de vela en todas partes.
Parece que a historia se repite. Os que nada tiveron, os que de todo foron desposuídos, os que só quedaron coa súa identidade (o único inembargábel porque a miseria non se pode embargar) elixiron a un home que pasou as súas fames, que viviu a súa raza, a súa ausencia de escola, o racismo dos outros, a desposesión, o roubo; o de 1492, o dos feros casteláns, o dos brancos peninsulares, aquel outro dos Austrias, dos Borbóns, dos brancos crioulos, dos terratenentes republicanos, dos caudillos, dos orangutáns de uniforme de orangután, dos brancos estudados no estranxeiro, da familia Patiño, das transnacionais contra este pobo indefenso, armado só coas armas da razón da historia.
Pero aínda quedaban bolivianos e bolivianas en Bolivia, deses de moito antes que Bolivia existise. E non teño intención de facer análises que todos e todas coñecemos sen saber nin onde está Bolivia. Uns cantos levaron a gran vida a custa de moitos e moitas durante varios séculos. Iso rematou o domingo 18 de decembro. Por fin un boliviano manda en Bolivia. Agora Deus é negro e indio e a fame e o frío do Altiplano terá máis altivez e valentía porque un boliviano goberna en Bolivia elixido por bolivianos e bolivianas.
Fixeron falla máis de cinco séculos de aldraxe e vergoña, ninguén falaba de Bolivia. Da Bolivia das mulleres valorosas, das mulleres dos mineiros descalzos “chacchando” (mastigando en quéchua) coca, a folla sagrada dos deuses que permite enganar a fame que os propietarios dos narices do Norte desenvolvido querían e queren prohibir, pois consideran que lles afecta que os bolivianos e bolivianas, despois de milleiros de anos, aínda non sintan a fame negra sen trucos que a amortezan.
É mentira o que din de ti, Evo. Ti non es o defensor dos cocaleiros, Ti non es o “cocaleiro Evo Morales”. Ti es Evo Morales, boliviano de terceira, sen estudos elementais, pobre, abandonado á túa sorte, que é por certo a do teu pobo. Autodidacto, loitador, honrado porque nunca roubaches a ninguén, defensor dos que nada teñen, que son todos e todas os bolivianos que non eran cidadáns nin cidadás no seu propio país.
Os prestidixitadores das revistas, dos telexornais insisten no de cocaleiro, no de líder; pobres, non saben nin onde está Bolivia. Falan do futuro sen coñecer o pasado, o teu pasado e o pasado de todos e de todas os bolivianos que agora, por primeira vez na historia do voso país, mandan.
A historia é unha roda imparábel. Aquí, neste anestesiado Norte, obeso e amordazado polas rebaixas e os televisores de pantalla plana, somos moitos os que soñamos con milleiros de Evo Morales nas aldeas e nos pobos facendo unha patria grande para todos os homes e mulleres que se resisten, durante décadas, durante séculos, a ser desposuídos do seu.
Saudamos ao compañeiro Evo Morales como a ese pequeno grao de millo de Martí, ese pequeno grao de millo que contiña toda a dignidade do mundo, que contén ao pobo boliviano que saíu da mina esfameado cun cartucho de dinamita nunha man e na outra un voto que leva o teu nome.

Faturando com o chapéu alheio

..."Nenhuma palavra também sobre a comparação entre o governo Lula e o governo Fernando Henrique Cardoso, no que diz respeito ao volume de verbas para a Saúde. Em 2000, o governo FHC aplicou R$ 20 bilhões; em 2001, R$ 22 bilhões; em 2002, R$ 24 bilhões. Já o governo Lula, em 2003, aplicou R$ 27 bilhões; em 2004, R$ 32 bilhões; 2005 deve fechar na casa dos R$ 36 bilhões e a previsão para 2006 é de um orçamento de R$ 41 bilhões."... Por Marco Aurélio Weissheimer.

De olho em outubro de 2006

Os números mostram com precisão quem é quem na história da nossa república: durante os anos FHC o Brasil caiu no ranking das economias mundiais do oitavo lugar em 1998 para 12º em 2002. Quando o presidente Lula assumiu a bagaça, ainda no fluxo da década tucana, fomos parar no décimo quinto lugar. Ano passado, no refluxo da maré, recuperamos uma posição no grid das maiores economias. Tucanos servem mesmo para o que?

21.12.05

Lembrai-vos de 1954

Elio Gaspari - Folha de São Paulo. De tirar o Chapéu...

O tucanato teve mais um surto de demofobia. Seu líder no Senado, Arthur Virgílio, sugeriu que o aumento do salário mínimo para R$ 350 está entre "meia dúzia de atos demagógicos" destinados a ajudar Lula a transpor o primeiro turno da eleição do ano que vem. Aumentar o salário mínimo em cerca de 20% não é demagogia. Demagogia é votar um aumento para R$ 384, como fez em agosto um pedaço da bancada liderada por Virgílio. É demagogia no sentido mais puro da palavra porque os 30 senadores que votaram a medida sabiam que ela seria derrubada na Câmara ou vetada por Lula.Beneficiada pelo irracionalismo da retórica do "nosso guia", a oposição quer encurralar o país. Procede como se precisasse de juros altos e estagnação econômica. Se Lula segura os gastos, o tucanato acusa o governo de frear o crescimento. Se a ministra Dilma Rousseff diz que a idéia de um vago ajuste fiscal de longo prazo é "rudimentar", o campo banqueiro do PSDB ataca-a como se ela planejasse o fim do mundo. Se Lula derruba o salário mínimo de R$ 384, a oposição o acusa de não cumprir o prometido. ("Nosso guia" prometeu dobrá-lo.)Se o companheiro vai na direção dos R$ 350, é um irresponsável que torrará R$ 4,6 bilhões. Admitindo-se que alivie o confisco do Imposto de Renda sobre os salários do andar de baixo elevando em 10% o teto da isenção dos trabalhadores, gastam-se mais R$ 1,3 bilhão. Juntando-se as duas despesas, chega-se a cerca de R$ 6 bilhões. É muito dinheiro, mas nunca é demais lembrar que os encargos da dívida interna e externa custam ao país cerca de R$ 120 bilhões anuais. Ao contrário do que acontece com o rentismo dos juros, cada centavo gasto com o salário mínimo retorna ao mercado da produção nacional. Esse dinheiro compra comida e vestuário. O que sobra serve para a construção de um puxado ou de uma laje. Estima-se que um aumento de 10% no salário mínimo reduz a pobreza nacional em 4%. Quando a Viúva esvazia a bolsa pagando os juros dos doutores Henrique Meirel- les e Afonso Beviláqua, esse fato é apresentado como uma fatalidade histórica. Quando se fala em melhorar a vida do trabalhador, é demagogia.O PSDB tem dois candidatos a presidente da República (José Serra e Geraldo Alckmin) que ainda não conseguiram cumprir a promessa de campanha de integrar os bilhetes de ônibus, trens e metrô de São Paulo. Tudo indica que, se o fizerem, cobrarão uma tarifa burra mais elevada do que o carnê dos trabalhadores de Nova York. No Rio de Janeiro, onde está o terceiro candidato oposicionista, a situação dos transportes públicos é ainda pior.A oposição que acusa Lula de demagogia teme que iniciativas sociais e a melhoria da renda do andar de baixo permitam a reeleição do companheiro. Vai embutida nesse raciocínio a idéia de que a patuléia é composta por uma massa incapaz de discernir o alcance de seu voto. Se ele for reeleito, reeleito estará.As teorias conspirativas do PT são pouco mais que fantasias. Mesmo assim, é verdade que a política brasileira convive com uma militância demófoba. Quando lhe convém, ela investe contra as conseqüências da elevação do salário mínimo, erguendo a bandeira da moralidade, contra "o clima de negociatas, desfalques e malversação de verbas que vem, nos últimos tempos, envolvendo o país". Essas palavras, que poderiam ter saído de um discurso de "nosso guia" na sua encarnação oposicionista, foram tiradas de um documento bem mais antigo: o Manifesto dos Coronéis, de fevereiro de 1954. Seis meses depois, Getúlio Vargas se matou.

No caminho certo

Ô Cidadão veja só que fecho! A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE mostrou que a renda do trabalhador cresceu. O rendimento médio real foi de R$ 974,50, o que representa um crescimento de 2,1% na comparação com novembro do ano passado. O emprego com carteira assinada permaneceu estável na comparação mensal, mas em relação a novembro de 2004 houve aumento de mais 281 mil postos de trabalho isso sem levar em conta a nova força de trabalho que mês a mês vai desembarcando no mercado. O número de pessoas desocupadas (2,1 milhões) também ficou estável em relação a outubro e na comparação com novembro do ano passado, porém, foi registrada queda de 9,4%, aproximadamente 220 mil pessoas.

20.12.05

Impossibilitado...argh!

19.12.05

Bolívia é mais um país autônomo da região

Vitória de Morales reforça o arco autônomo latino-americano que passa por Cuba, Venezuela, Uruguai e Argentina, e ao qual se pode se somar no ano que vem o México. Brasil é o eixo dessa estrutura, pelo menos até as eleições de 2006. Por Emir Sader

Bingo!

Ignorado pelos grandes jornais, relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que a Caixa Econômica Federal (CEF) não dispunha de condições técnicas para dispensar os serviços da Gtech. Contrato entre banco e empresa é uma das munições usadas pela oposição contra o governo Lula.Por Maurício Hashizume.

18.12.05

Deu Evo Morales...esquerda neles!

Evo Morales, segundo a boca de urna, chega aos 45 por cento dos votos e dá um banho de urna no candidato do governo Jorge Quiroga. Agora a decisão vai ficar na mão do Congresso. Se o de lá for como o daqui, pode ser que a maioria perca. Vai ser uma saia justa. O povo deve ir para a rua defender os votos que levaram Evo Morales a escrever uma nova história na Bolívia. Evo é da etnia ayamara, não faz compra na Daslu, não morre de amores pelos norte-americanos, fecha com Cháves, Lula, Fidel e com o diabo a quatro. Na américa do sul o povo está lavando a roupa suja na praça pública. Vai ser interessante ler a reação da imprensa perfumada.

Globocolonização

A ONU divulgou um retrato estarrecedor do mundo em que vivemos: o documento “The inequality predicament” (A encruzilhada da desigualdade). Somos 6,3 bilhões de habitantes nessa nave espacial chamada planeta Terra. Apenas 1 bilhão de pessoas, habitantes de países desenvolvidos, se apossam de 80% da riqueza mundial. Por Frei Betto

17.12.05

Daslu x Daspu

O nariz torcido da grife paulistana Daslu não foi suficiente para impedir o lançamento da prima carioca criada por prostitutas ligadas à Ong Davida, a Daspu. Esse enfrentamento antecipa o clima que viveremos nas eleições em 2006. Os Daslu contra os Daspu. A nata da burguesia nacional versus o combalido Brasil esquecido décadas pela eleite nacional. Um confronto similar que acontece amanhã na Bolívia, que aconteceu na Venezuela, no Uruguai e que está acontecendo no Chile. Uma frase da idealizadora do projeto Daspu e coordenadora da Davida, Gabriela Leite não deixa dúvida quanto o que acontecerá no ano novo que se aproxima:
- É uma vitória contra a Daslu e contra tudo o que ela representa num país como o nosso.

Bué: São os Daslu tucanos contra os Daspu Lulistas.

El líder indígena Evo Morales se perfila como ganador

El líder indígena Evo Morales y el ex presidente de derecha Jorge Quiroga se disputan las preferencias electorales de los bolivianos/as que el próximo domingo 18 de diciembre concurrirán a las urnas para elegir Presidente, Vicepresidente de la República, además de diputados, senadores y prefectos. Via Rebelion.

Uma história aberta

Direto de La Paz, Emir Sader acompanha as eleições presidenciais bolivianas. Pela primeira vez na história, um líder indígena, Evo Morales, pode conquistar a presidência do país. Direita boliviana aposta em vitória no segundo turno, quando é o Congresso que decide quem será o novo presidente.

16.12.05

Sudam: todos ricos, todos soltos!

Na semana em que o Senado aprovou a recriação da Sudam, o Congresso em foco publica um relato imperdível de Ronaldo Brasiliense sobre a impunidade dos acusados de um dos maiores escândalos da história recente do país. A reportagem, que acaba de receber dois prêmios de jornalismo, foi publicada originalmente por O Liberal, de Belém.

Mas o que é a Bolívia?

Se Evo Morales não conseguir 50% dos votos no domingo, o novo governo pode ser definido pela oligarquia do Congresso. EUA, Chile e a burguesia de Santa Cruz de la Sierra contam com esse impasse para transformar a Bolívia em mais um epicentro da “guerra infinita” de George W. Bush. Por Emir Sader.

Um Brasil de todos

Fortalecendo o Mercosul e as alianças com os países vizinhos o governo Lula, sem fazer barulho, entra para a história com a implementação da refinaria da Petrobras e da PDVSA em Pernambuco. O estado nordestino passará a ser auto-suficiente na produção de combustíveis. A região responde por 19% da demanda de derivados de petróleo do país e tem apenas uma refinaria na Bahia. Com o projeto, de US$ 2,5 bilhões e 200 mil barris de petróleo pesado por dia, a região deixará de ser importadora. A última vez que se construiu uma refinaria no Brasil foi durante a ditadura militar em 1980, no Estado de São Paulo.

O sol sem peneira

"Nunca imaginei que em um país a imprensa poderia fazer o que a imprensa venezuelana fez com você. Agora estamos vivendo no Brasil algo semelhante. Primeiro se publica depois se investiga. Não tem a preocupação de saber se é verdade ou não o que se publica". Do presidente Lula ao presidente Cháves.

O conselho do Serjão

Se a imprensa - colunistas e bloguistas formadores do nhennhém nacional - não fosse frouxa, covarde e interesseira tudo o que está acontecendo neste fim de festa de 2005 poderia ter sido evitado. Mas não, como o preço da independência é um pouco mais pedregoso e mais uma vez - os filhos fugiram à luta - sobrou para o país. Diga-me com quem andas... e os jornalistas palacianos mostraram que, como os deputados e senadores, são gente de quinta. A colegagem com as "fontes" os levou a isso e revelou ao país mais uma vez porque nascemos fadados a ser terceiro mundo. Somos uma republiqueta onde a elite bem empregada, remunerada e gorda se acerta, se combina e se ajusta e que o resto vá bundear com Frederico, vá (com perdão da palavra) para a puta que os pariu. O conselho do tucano Sergio Motta bem que viria a calhar nesta hora...mas é tarde, a imprensa se apequenou... ficou do tamanho do Congresso Nacional.

15.12.05

Caixa dois do bem

Este espaço foi criado para abrir espaços, multiplicar opiniões, aprofundar análises. Candido Mendes é presidente do Senior Board do Conselho Internacional de Ciências Sociais da UNESCO, seu texto vem do jornal O Globo de hoje. Faço questão de transcreve-lo na íntegra citando a fonte. Vale e muito a leitura.

A ida de Eduardo Azeredo à tribuna do Senado para renunciar à presidência do PSDB empatou o jogo da escalada das cassações. Aí está o jorro, democraticíssimo, do valerioduto, comprometendo todos os partidos no caixa 2, na prática universal da corrupção sistêmica, entre tucanos impolutos e petistas acima de qualquer suspeita. E aí está, pois, a proposta do líder Artur Virgílio, de levar-se adiante, como compete ao patriciado político do Brasil, a boa lógica dos “mais iguais”, a partir do país-bem. Vamos à lavagem da corrupção do bem — a que só pestifera o trigo e não o joio, e levemo-la à condescendência, senão ao perdão radical pelo Congresso, já hoje preso, sem retorno, à concupiscência dos acordões. Ingenuidade de Azeredo ou deslumbramento de Delúbio?
Teremos a sauna tépida do caixa 2, de vez, para contrapor as gordurinhas do crime à boa massagem da Comissão Ética, e ao esgueirarmo-nos, de vez, de todo perfil da cassação para os impolutos de princípio, não se fale mais nisto. Prosperou a proposta, como pede o “tudo bem”, um remate rápido do denuncismo, que não pode mais ter os grands finales , chegou às suas repetições à canastrice. E por mais que invista ainda a mídia nesta sideração, delineia-se um claro limite de credibilidade no manter suas manchetes e o desfrute da opinião pública.
Não há como confundir toda suposição de crime que envolva “mensalões” ou “caixa 2” com a suposição do fato que o gere e permita a ampla democracia do dissenso no julgá-lo. Até onde vão continuar a confusão deliberada destes supostos? E circularão, com o crédito inicial da verdade, declarações de juízes condenados como mentirosos jubilados, e a viver hoje na cadeia a sua afronta continuada à Justiça no comércio das sentenças. Da mesma forma, todos os caminhos da suspeita, trama e entretramas de denúncias passam todas pelas testemunhas — sempre de um mesmo morto, nos supostos recebimentos de dinheiro pelo PT.
Todas as encruzilhadas se repetem agora, levando a mesma voz emudecida há mais de ano, criando um nó górdio, para qualquer convicção efetiva do país cansado. O denuncismo não pode parar, já no clássico nível de um vício de opinião pública a que se abrem as veias e o pico do país que mantém a crença na fidelidade da fonte exatamente como garantia da informação como patrimônio público, como pede um país democrático. Só se a corrige com o avanço da consciência cidadã, que, por fora das manchetes, irradia-se da força das cartas dos leitores à imprensa, dos debates políticos, dos fóruns universitários, da densidade cívica dos chats da internet. No que já avançou o discurso da suspeição sobre a sua realidade, não pode o pior dos Congressos, de qualquer forma, deixar de reconhecer o quanto o script das CPIs de sempre fugiram ao seu script tradicional.
Identicamente, o Supremo Tribunal se vê diante de uma busca da normalização do sistema, mesmo assumindo os riscos de enfrentar a lei para responder à lógica profunda, até, da Democracia contra o Estado de direito. Ou seja, de que os poderes, e agora não só o Legislativo mas a Corte Suprema tende a fazer “o que o povo quer”. Não deixou, por exemplo, a cúpula do Judiciário, de expor-nos a uma mudança de regime, quando admitiu, por maioria de votos, a incriminação de José Dirceu, por acusações que o levariam ao julgamento pelo Legislativo, no exercício estrito e autônomo da sua tarefa de Ministro.
Como pensar-se daqui para diante, na independência do Executivo, se exercido por titulares que se possam ver cerceados, na sua conduta, por um ulterior veredicto de uma Comissão de Ética da Câmara? Esse tipo de julgamento é próprio do sistema parlamentar, quando a ação de governo se exerce por delegação do Legislativo. Mas não é esse o nosso sistema. É contra ele que se fez o plebiscito e só inquieta a idéia de que ministros e deputados continuem fora da Câmara, reféns do poder de que se apartaram.
O discurso da crise fez-se crise, e a tarefa de normalização vai nos levar à busca do eterno jeito — em levitação constitucional — no conciliar a vontade presumida da população à hora, e a democracia profunda, garantida pela Carta do dr. Ulysses. Mas, tanto Deus tem nacionalidade tanto hoje o país já vai adiante por fora da farândola dos poderes. O Brasil de fundo não se tocou pelo “mensalão”. Volta a crescer a popularidade de Lula e o denuncismo não saiu da classe média. E a salvação dos bons corruptos desimpede, ao mesmo tempo, pela oposição de sempre, o avanço do país do outro lado, e do a que veio o “Lula-lá”.

Maringoni

Série: conta-gotas

Pergunta básica que ainda não foi respondida desde que eclodiu a crise do “mensalão”: de onde saiu o dinheiro do “valerioduto” já que a data de nascimento dele é de 1998?

Os seus representantes

"Quando será não há como prever, mas é certo que um dia se erguerá uma reação invencível ao espetáculo vicioso que encerra todos os anos, como uma síntese das ilegalidades que regeram o comportamento dos Poderes durante os 12 meses." Por Janio de Freitas.

El Paredon!

Veja bem:....."O Congresso viveu ontem uma quarta-feira em que o apego ao mandato falou mais alto. Em um só dia, houve de tudo: acusado de receber mensalão absolvido, suplente acorrentado no plenário da Câmara e parlamentares felizes porque vão trabalhar no recesso. Por três meses de trabalho, cada um dos 513 deputados e 81 senadores vai receber, ao todo, R$ 102.776 em vencimentos." via Congresso em foco.

A falta que faz "el paredon" só se sente depois de ler uma notícia desta.

Fim da farsa

No blog do Moreno: "Sem meias palavras: a Câmara dos Deputados traiu a esperança do povo brasileiro hoje à noite ao negar a cassação do mandato parlamentar de Romeu Queiroz (PTB-MG ), notoriamente envolvido com o mensalão......O mínimo que deveriam fazer agora seria devolver o mandato de Zé Dirceu. Para salvar o mandato de Queiroz a orquestração foi sinistra, na calada da noite.Estamos diante de um grande escândalo propiciado justamente pelos que deveriam acabar com os escândalos."

Por baixo do pano: a luta de classes

A absolvição do deputado Romeu Queiroz do PTB revela que a ação dos 300 picaretas do Congresso Nacional na cassação do deputado José Dirceu nada tinha de nobre. O objetivo das cpis era somente o de bombardear o governo Lula, o resto não passa de colegagem. Está escrito: nenhum dos deputados do Partido dos Trabalhadores vai escapar ao laço. Não porque meteram a mão no caixa dois, mas sim porque rendem manchetes e matérias que serão usadas pelos programas eleitorais ao longo do horário na tv e no rádio. O golpe, de maneira homeopática, vai sendo acimentado para que a velha direita conservadora e privatista volte ao poder no Brasil, e junto com elas os amigos de sempre. A democracia escorre entre os dedos, foi para o saco. A festa de natal/ ano novo vai ser o último momento de paz antes das urnas. Em 2006 a velha briga de classes entre despossuídos e frequentadores da Daslú vai tomar conta das ruas.

Mais uma boa notícia

Para o desespero de q1uem aposta no quanto pior melhor...a inflação pelo Índice Geral de Preços-10 desacelerou significativamente em 2005, um ano de forte valorização da moeda brasileira que levou o indicador ao menor patamar do Real. A taxa anual é a menor da série histórica de taxas anuais do indicador, que começou a ser apurado em 1993.

14.12.05

O PT, a crise e o deslocamento do imaginário social

Estamos completando sete meses de uma prolongada agonia. Há cerca de três meses, refletindo sobre a crise, apontávamos que ainda não havíamos chegado ao fundo do poço, entendendo esta percepção como a evidência dramática e previsível de que os desdobramentos da grande crise gerada pelas opções políticas da chamada maioria partidária ainda não tinham se esgotado. Estamos agora no final de 2005 e esse diagnóstico permanece atual. Este artigo pretende defender três pontos que julgamos fundamentais para entender a dimensão e os efeitos da crise sobre os rumos do PT e do projeto que viemos construindo ao longo dos últimos 25 anos. Por Flavio Koutzii.

Essa notícia é uma miragem

Na banca mais perto de casa: O ex-tesoureiro de campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Cláudio Mourão, 61, afirmou em depoimento ao Ministério Público que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza ajudou a arrecadar fundos para a campanha em que o tucano tentou a reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998."Marcos Valério passou a participar ativamente da campanha de Azeredo, ligando, perguntando como estava a campanha, inclusive auxiliando na arrecadação para a campanha".

ou para fingir que não leu.

Direito de pergunta

Quantas horas ainda vão passar até que a imprensa e os blogueiros ilustres coloquem a boca no trombone contra os 25 mil reais por cabeça ( mais de 15 milhões de reais) que os nobres deputados e senadores vão embolsar?

O casuísmo de direita e a vontade popular

Primeiro vamos as linhas ds coluna do Moreno onde o casuísmo aflora delicadamente: "O fim da reeleição, que está sendo negociado por setores do PSDB com o PT, apresentado como um projeto político de alta relevância, na verdade tem o objetivo de resolver questões internas dos tucanos. Não passa de um casuísmo com endereço certo.
Ampliar o mandato presidencial para cinco anos sem reeleição serviria como uma luva aos projetos do governador de Minas, Aécio Neves, que, reeleito para um mandato também de cinco anos, poderia disputar a Presidência com o cacife de governador do segundo maior colégio eleitoral do país."

Bué: Mexer nas leis de acordo com a maré é marca registrada da direita brasileira. Isto é fato mais do que comprovado. O que os conservadores ainda não conseguiram como ardentemente desejam é manipular a vontade popular. Isto é o que mostra a nova pesquisa Ibope. Debaixo de um tiroteio cerrado a avaliação do governo federal ficou estável em dezembro. Os que avaliam o governo como ótimo ou bom representam 29% dos entrevistados e a tendência é esse número crescer. Qualquer outro político nacional teria jogado o boné diante de tanta pressão. Mas Lula se mantêm em pé, se mantêm não por ter sido torneiro mecânico, nordestino ou retirante. Lula se mantêm porque essa é a vontade popular. Essa é exatamente a mesma resistência que hoje se vê na Venezuela, nas eleições da Bolívia e do Chile. A direita brasileira pode até continuar tentando levar no grito, no golpe ou apito...o "não passarão" definitivo virá - mais uma vez - na bola, na ginga, no verdadeiro jeito brasileiro que é ir as urnas e votar.

As melhores (e piores) leituras de 2005


O texto é da escritora paulistana Márcia Denser - Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, pesquisadora de literatura brasileira contemporânea, jornalista e publicitária.

"Entre as melhores coisas do ano, considero que a democracia avançou no Brasil. Por quê? No futuro, 2005 talvez seja considerado o Ano da Crise Política, Institucional e Jornalística no Brasil, pois foi quando um líder político e popular – eleito presidente por esmagadora maioria, e tendo, pela primeira vez na história, a chance de ser governo em nosso país – foi implacavelmente massacrado pela ultradireita, as eternas elites de plantão e a mídia que lhes é correspondente, em confronto aberto e sem precedentes, malgrado todos os seus erros e acertos, mas não foi alijado do poder por golpes militares e quejandos, como no passado, ou pelo impeachment, como atualmente (uma vez que seus articuladores reconheceram que não teriam apoio popular para tanto)."....e Márcia Denser segue adiante no Congresso em foco.

13.12.05

Casos de intervención imperial

"El domingo 18 son las elecciones en Bolivia, donde las preferencias las encabeza el candidato indígena Evo Morales, del Movimiento al Socialismo, al que Estados Unidos tiene vetado..." Por Frida Modak.

Brasil esquentai vossos pandeiros...

O governo brasileiro vai antecipar para o final de 2005 o pagamento de 15,5 bilhões de dólares em dívidas com o FMI ...o pagamento possibilitará ao país economizar 900 milhões de dólares em juros. A decisão do Brasil de quitar integralmente a dívida remanescente com o Fundo Monetário Internacional fez com que o risco-país, indicador da confiança dos investidores estrangeiros no Brasil, recuasse para o menor nível desde que começou a ser calculado, em 1994. O governo brasileiro também não tem encontrado dificuldade para captar dólares no exterior para pagar a dívida externa mesmo sem contar mais com um acordo com o FMI. O adiantamento no pagamento do empréstimo reflete a melhora dos fundamentos macroeconômicos, decorrente da atual política econômica, que vem recebendo duras críticas inclusive de membros do próprio governo pelo conservadorismo.

No tempo que eu ia ao maracanã ver futebol isso se chamava show de bola.

Se você tiver de ler...

Assim começa Luiz Weis no seu Verbo Solto: "Se você tiver de ler uma e apenas uma matéria política dos jornais de hoje, não tem erro: vá à entrevista, que ocupa toda a última página do Valor, com o ministro de Relações Institucionais, Jacques Wagner, assinada pelos repórteres Paulo de Tarso Lyra e Maria Lúcia Delgado." E segue Weis que de quebra publica toda a entrevista de Jacques Wagner. Uma beleza.

Enquanto isso a caravana passa

Na banca mais próxima de casa: O mercado brasileiro de cartões de crédito deverá ter o melhor Natal dos últimos seis anos. Segundo levantamento da Credicard, o faturamento do setor, representado pelo volume de transações, será neste mês de dezembro de R$ 14,5 bilhões, o que representa um crescimento de 26,7% em relação a dezembro de 2004.

Enquanto os cães latem a caravana vai em direção a reeleição.

Aos marqueteiros de plantão

Leia com atenção a declaração do candidato tucano Geraldo Alkimin que tomou coragem e finalmente saiu do armário: “Você não pilota um Airbus sem ter antes passado por um monomotor, um bimotor. Fui prefeito, fiz oposição ao Estado, ao governo federal. Fui co-piloto de um grande comandante, Mario Covas. Tive depois 6 anos no governo do Estado. São Paulo é um país, maior que a Argentina." Este vai ser o mote da campanha do tucano ao planalto. Um repeteco, um vale a pena ver de novo da campanha do ex-presidente FHC em 1998. Naquele tempo esta era a espinha dorsal, o subtexto, que sustentava o tucano rumo a eleição. Quem esqueceu a peça comercial do "piloto de avião"? Falando em casa, dentro da tvCultura, o governador do Estado foi muitíssimo bem tratado pelos entrevistadores. Foi uma espécie de presente de natal da imprensa oficial ao chefe.

300 picaretas - o retorno

Os nobres deputados e senadores são mesmo uns cara de pau. Depois de passar um ano na flauta por conta das cpis que acabaram não investigando nada ainda vão faturar uma bela dinheirama por conta da viúva e por nossa conta. Uma eventual convocação do Congresso custará caro ao brasileiro. Cada parlamentar receberá um extra mais de vinte e cinco mil reais. O equivalente a dois salários nobres. Um deles será pago no início da convocação e o outro no final. Como são594 parlamentares o roubo, melhor o rombo, vai ultrapassar a casa dos 15 milhões de reais. Todas as pesquisas de credibilidade colocam os nobres no fundo do poço, Lula - quando candidato - tinha razão quando os chamou de picaretas.

Manual de Redação

Os resultados da pesquisa do IBGE comprovam que o governo Lula reduziu as desigualdades sociais, aumentando o nível de emprego, diminuindo a concentração de renda e melhorando as condições de vida dos brasileiros. Confira.

12.12.05

Adrienne Cahalan: eterno enquanto durou

Assim foi a história entre Adrienne Cahalan e o Brasil 1 . A navegadora australiana se separa de vez da equipe do veleiro brasileiro e não participará do "time" de terra durante as próximas pernas da volta ao mundo. Se depender da imprensa local o corte de Adrienne deverá causar mal-estar na passagem do barco brasileiro pela Austrália. Ela era a única mulher na regata, mal ou bem fez a parte dela. Se quem planejou chama-la errou no cálculo deveria vir a público e, apesar dos patrocínios e dos contrato, fazer um mea-culpa. Seria elegante, mas...
As pernas nos mares do sul vão ser, como sempre, barra pesada.
Continuo na torcida mas um pouco triste sem Cahalan. Como postei anteriormente: fica um obrigado para Adrienne... foi eterno enquanto durou.

¿Un indígena presidente?

Las elecciones generales del 18 de diciembre de 2005, en Bolivia, quedarán para siempre escritas en la historia del país y del continente en su conjunto, no sólo porque se elegirá al futuro Presidente de la República ni a los parlamentarios ni menos a los prefectos, sino sobre todo se definirá, a través de las urnas, el futuro de todo un pueblo. Por Alex Contreras Baspineiro

Pobre Chile es tu cielo azulado

La pobreza de Chile no es sólo aquella que se manifiesta en una vergonzosa desigualdad. La pobreza del pobrerío, que hoy admiten todos los sectores políticos, incluyendo la derecha más extrema -debido al clima electoral que hace llover promesas-, es una pobreza bien identificada con estadísticas irrefutables. Por Manuel Cabieses Donoso.

Bolívia: preconceito y racismo

Todo parece valer entre las élites conservadoras de Bolivia para evitar la victoria electoral del Movimiento Al Socialismo. La última estrategia: "Acusar" de homosexual a un candidato. Via Rebelion

Um exemplo de jornalismo investigativo

Não dá para deixar passar ao largo, deu na Folha: "O crescimento do Brasil está em xeque. De novo. A produção industrial caiu em 8 dos 14 estados onde o IBGE faz sua pesquisa mensal - números de outubro em relação a setembro. A sorte, para efeitos estatísticos, é que na média o número acabou ficando positivo - deu + 0,4%." ...Irresistível.

O golpismo e suas histórias

ACM não precisa de apresentação. O senador baiano esteve diretamente ligado a ditadura militar no Brasil, depois se assumiu como político a Arena, o PDS e posteriormente do PFL. Avô do deputado ACM Neto, foi aliado de primeira hora de FH e agora, frente ao pedido de José Serra, repete a dose - faz novo acordo de interesses. Nada mais natural: aos de direita...os conservadores. O exemplo mais atualizado desta parte triste da nossa história se repete no vizinho Chile. Uma coligação de direita e conservadores (os tucanos de lá) está se organizando contra a socialista Michelle Bachelet, primeira mulher que irá ocupar a presidência daquele país. Faço esse paralelo para lembrar que graças a uma aliança de direita semelhante a esta foi dado um golpe, uma canetada quando a reeleição foi aprovada em 1997. O golpe foi fruto de uma conveniência eleitoral do presidente FHC e seus aliados. Os tucanos diziam à época que a reeleição traria previsibilidade sobre o país durante um período de oito anos e que isso seria positivo para a economia. Agora, ao defenderem o fim da reeleição, se movem mais uma vez pela conveniência política.
Quando tentaram "colar" o impedimento do presidente Lula - pefelistas e tucanos - usaram a mesma estratégia. Só que, além do golpe da caneta, eles precisavam ter o povo nas ruas e isso eles não tiveram. O tiro saiu pela culatra, a bola passou longe do gol.
Hoje, segundo Elimar Santos no jornal O globo "Os tucanos acreditam que já estão com a mão na taça, como se diz em relação ao futebol, e para que seus planos não sejam prejudicados articulam para impedir a aprovação da emenda que acaba com a verticalização." O golpe, que ganha nos textos os sinônimos chiques de conveniência e articulçação, tenta voltar a boca de cena sem levar em conta que a vida nesta terra brasilis mudou. A América do Sul também vive hoje um momento mais social, mais popular, onde tenta repartir as oportunidades perdidas ao longo das últimas décadas. Basta ver a Argentina, a Bolívia, o Chile, a Venezuela e o Uruguai. A história mostra que os golpistas estão sendo paulatinamente afastados do poder pelo voto direto. Foi assim em 2002. Orquestrar uma volta por cima ou uma virada de mesa é uma manobra dos tempos de ACM e de FHC, um tipo de golpismo perfumado que faz parte do Brasil do passado. A história não anda para trás.

A carapuça

O que a oposição brasileira têm em comum com a venezuelana? A reação “indignada” da grande mídia monopolista, dos partidos opositores e de associações empresariais às declarações de Lula servem como confirmação da certeza da comparação. Por Emir Sader.

11.12.05

Governo x Governo - Oposição x Oposição

O pouco que se escreveu e o muito que se murmurou neste sábado deu um paninho para manga. De cara vamos deixar claro que a atitude golpista da oposição é real. Eles bem que andam tentando. Mas deixando a diferença entre intenção e gesto de lado vamos olhar os governos e as oposições dos últimos 11 anos. Este governo e o passado, esta oposição e a anterior.
Fora do poder as oposições foram inconsequentes em muitos momentos, irresponsáveis em vários deles e raivosas grande parte do campeonato. Entre elas a diferença pesa contra a tucana que já tinha sido governo. Isto é fato. Logo, para quem teve uma experiência anterior é maior a responsabilidade de saber se portar como oposição, inclusive para não ser recorrente na tecla da reclamação de "raivosa", um tipo de oposição que ao longo do período tucano, era uma exclusividade da esquerda nacional. Pode ser que tenha acontecido mas eu não me recordo de ter lido palavras petistas jurando ser uma oposição construtiva. Já os tucanos usaram a expressão como palavra de ordem pós a derrota eleitoral de 2002. E como estamos acompanhando, palavras que rapidamente foram esquecidas e se transformaram no maior erro histórico de uma oposição no Brasil. O débito deste confronto direto foi purgatório para o PT e inferno para o psdb. Sem perdão.

Segundo embate: ambos agora são governo.
A história me leva a tocar outra vez na mesma tecla: os tucanos que emplacaram um segundo governo a custo duvidoso e suspeito tinham motivos de sobra para nadar de braçada. Na hora do vamos ver, de forma assustadora e avassaladora lotearam Brasília e as empresas privatizadas . Foi um verdadeiro descalabro. O PT no poder bem que tentou dar o troco mas apenas se lambuzou e acabou produzindo uma pequena bombinha junina frente ao show de fogos de artifício que foi o arraial tucano.
O nhém nhém de caixa 2, desvio de dinheiro, superfaturamento, apadrinhamentos...um vale de lágrimas rolou feito cachoeira durante os anos FH, foi de "dar gosto".
Ó e veja bem... longe de mim qualquer rancor. Não é nada pessoal mas a farra do boi tucana foi bem superior a petista e isso também é fato - o PT nessa não conseguiu se superar mesmo se a gente levar em conta que de 1993 ao final de 2002 nada foi investigado...nadinha.
Então, postos ali na balança, cara a cara, no bola ou bulica se a opção à reeleição não vier de dentro da própria esquerda tenha duas certezas meu caro: o Brasil vai as ruas contra o golpismo venezuelano que isso é vergonhoso e em seguida vamos às urnas, votar 13, porque antes de outubro chegar, do jeito que vai o andor, uma luta de classes nada anacrônica vai estar rondando a porta das nossas casas.

nota: É bom deixar claro mais uma vez que só não houve impedimento porque o povo não concordou, não foi para a rua, a intenção de golpe era apenas um movimento de elite.

10.12.05

Porque hoje é sábado

Porque hoje é sábado os tucanos calaram frente ao pito presidencial. Um e outro mais ousado até arriscou analisar o contra ataque que o presidente Lula desencadeou, mas tudo bem de leve. Enquanto isso os tucanos empoleirados na imprensa - que sozinhos não fazem nem marola - evitaram falar sobre os adjetivos, ameaças de surra e o desrespeito que tem sido o tom da oposição com relação à figura do presidente da república. Eles também passaram ao largo do "ambiente de denuncismo, em que se avolumam denúncias absolutamente sem provas, que duram uma semana, caem no esquecimento e são substituídas por novas denúncias".

O presidente Lula virou a mesa, subiu o tom em relação à oposição na hora exata e com todo o direito. Afinal quem são mesmos estes boquirrotos emplumados que, tocados para fora do governo, tentaram fazer da dor de cotovelo deles opinião nacional via imprensa amiga? É bom deixar claro que a oposição tentou o impedimento presidencial e foi obrigada a colocar a viola no saco e dar um passo atrás: o povo não foi às ruas. Frouxos, covardes e trapalhões as aves de mau agouro não tiveram peito (como a golpista Fedecamara venezuelana) para - mesmo sendo poucos - protestar nas calçadas...eles preferiram a segurança dos gabinetes com ar condicionado e dos colunistas e bloguistas de ocasião.
Mas porque hoje é sábado o silêncio dos inocentes do quarto poder se fez ouvir.

A ameaça tucana ao Brasil

Mais previsível impossível! A oposição, liderada pelas aves do mau agouro definitivamente assume o papel da Fedecamara venezuelana. A quadrilha tucana foi dormir indignada com a verdade.
José Carlos Aleluia, Alberto Goldman, Jorge "nazi" Bornhausen, José Agripino Maia, Arthur Virgílio e Tasso Jereissati - pelo telefone - combinaram um ataque simultâneo ao Brasil. Eles, que hoje são o núcleo duro da Fedecamara brasileira ligaram para os jornalistas tucanos de plantão para espernear. O choro é livre. Democracia se faz com ações e não com ameaças.

nota: O choro, para poupar a imagem dos candidatos tucanos, não contou com a presença de Serra, Alkimin e de Fernando, o ex.

9.12.05

'Não sou o Chávez, mas já a oposição...

Finalmente veio a baila!

O presidente Lula chamou de golpistas seus adversários políticos. Ele afirmou que a oposição age como a Fedecámaras (Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção da Venezuela), que é contra o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
- Têm alguns que ficam dizendo que eu, quando vou fazer um ato público, ajo como se fosse o Chávez. E eu digo sempre: Não estou agindo como o Chávez. Agora, os meus adversários estão agindo como agiu a Fedecámaras contra o Chávez. Ou seja: tentando fazer golpismo - disse Lula.

Esse bué de bocas canta esta pedra já faz alguns meses. A oposição agora está esperneando. Golpistas, que venderam o Brasil, privatizaram o que não era deles, encheram os bolsos e agora fazem de tudo para desestabilizar o país. Tucanos e pefelistas nada fizeram e nada têm para propor. Essa gente é de quinta categoria: sem crédito, sem passado, sem futuro.

Brasil 1 - penúltimo capítulo

O holandês Marcel van Triest é o novo navegador do Brasil 1. Ele estará na tripulação da equipe brasileira nas próximas três etapas da Volvo Ocean Race, entre África do Sul e Brasil, passando por Austrália e Nova Zelândia. Marcel entra no lugar da australiana Adrienne Calahan - única mulher de todas as tripulações a participar da regata. A premiadíssima velejadora ainda não respondeu se continua na equipe de terra do Brasil 1.

Lula na Carta Capital


Em meio ao chororo da imprensa tucana a Carta Capital sai com uma entrevista com o presidente Lula. Bola a dentro. Na página da Carta um pequeno trecho....completa, nas bancas.
Qual é o projeto que o PT trouxe para o governo e pretende continuar a aplicar?
Lula: O projeto estava escrito no programa do partido e eu acho que permanece muito atual, porque você não consegue aplicar um programa de transformação em quatro anos e, possivelmente, nem em oito. Mas nós tínhamos duas metas: fazer a economia voltar a crescer e diminuir a desigualdade. E fazer com que, pelo menos, eu cumprisse o prometido no discurso de posse. Ou seja, se, ao terminar o meu mandato, todos os brasileiros tomarem café da manhã, almoçar e jantar eu terei realizado um grande compromisso com o meu País. Acho que estamos conseguindo, se nós levarmos em conta o que encontramos. Se nós levarmos em conta nossa realidade e o que nós tivemos de consertar, acho que nós avançamos. Mesmo assim, se alguém disser que poderíamos ter avançado mais, dirá a verdade.